Sou dramática, intensa, transitória e tenho uma alegria em mim que quase me deixa exausta. Eu sei sorrir com os olhos e gargalhar com o corpo todo. Eu sei chorar toda encolhida abraçando as pernas. Por isso, não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma, vísceras e falta de ar.

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Deusa





Na Wicca o Deus é visto como o Sol, o fertilizador, o nutridor e protetor. E naturalmente a Deusa é considerada como associada com a lua, misteriosa, suave e mutável. Essas são as versões mais comuns de culto ao Casal Divino que encontramos em nossa religião.
Muitas tradições consideram que antes de tudo havia o Uno e que este Uno em um dado momento se dividiu e criou a Deusa e o Deus. Nós entendemos que o Uno era a Deusa. Ela é o caos infinito que existia antes de tudo existir, o útero negro da existência, a matriz primordial de todas as coisas.
A Deusa existia antes de tudo e sua primeira criação foi o Deus, seu oposto complementar, seu filho e consorte. Entendemos que a Deusa e o Deus representam o equilíbrio entre as forças de Caos e Ordem, Transformação e Forma.
Nossa Deusa é sim uma Deusa de amor, de compaixão e de paz. Mas é também a ceifeira que vem nos tirar da vida quando nossa jornada nela terminou e a destruidora que tira o que deve ser retirado para dar espaço ao novo. E ela é também a Senhora do Submundo, guardiã do mundo dos mortos. Ela é aquela para cujos braços vamos ao final de cada dia e ao final de cada vida, do sono surgimos renovados, da morte surgimos renascidos. Ela é então aquela que nos concede o descanso e a renovação. E o reencontro, a cada vida, com aqueles que amamos.
Entender a Deusa é entender a lua e sua influência na nossa vida. Como a lua, Nossa Deusa tem faces e fases. Na Lua crescente ela é a Donzela, a Senhora dos Começos, ela é jovem, cheia de vida e disposição. É também a guerreira, a amazona e a Valquíria. Ela é aquela que protege as crianças e filhotes e todos os sonhos e sementes. Na Lua Cheia ela é a Mãe, a Amante, a Senhora da Plenitude. Ela é fértil, plena, cheia de força e poder. Ela é a sexualidade sagrada, a luz que brilha e ilumina a tudo e a todos. Ela governa a maternidade, a proteção e a abundância. Na Lua Minguante ela é a Anciã, velha e sábia, Senhora do Conhecimento e da Sabedoria. Ela rege a magia, os oráculos e é aquela que nos leva aos portais da morte, seja a morte física ou a morte de um aspecto nossa utilidade se esgotou. E por fim, na Lua Negra, ela é a Senhora do Submundo, senhora das sombras, dos sonhos e visões, senhora da escuridão completa da noite.
Ela é a própria lua que iguala as coisas, pois sob sua luz tudo é vago e indefinido. Por isso não existe classificação ou rótulo. E por isso ela é libertadora, pois as pessoas não precisam ter medo de mostrar quem são pra ela. Sob a luz difusa da lua as coisas de mesclam e nada é completamente medido, definido ou decifrado. Sob a luz da lua nossa mente racional não encontra o que medir, quantificar ou classificar e por isso precisamos nos abrir à nossa intuição e seguir o caminho baseado, não que podemos ver, mas no que podemos sentir. Ela é o instinto e é também a entrega ao instinto.
Ela é também a mãe que sofre com suas crianças e por elas, mas que sabe que a criança precisa aprender a andar pelas próprias pernas, a cair e levantar novamente. Ela nos dá colo e conforto, mas não nos poupa das lições que precisamos aprender, daquilo que precisamos viver para crescer, não importa o quão doloroso isso seja. A Deusa nos ensina que para termos sucesso em algo, precisamos nos entregar àquele algo. E isso naturalmente nos aproximará do nosso objetivo.
Ela é a senhora da sexualidade sagrada, do amor libertador e dos prazeres do corpo e da alma. Ela é a entrega, o desejo, a libertação das amarras, do receio que nos prende aos nossos problemas. A Deusa é libertadora e vem mostrar que tudo é mais fácil, mais certo e mais suave quando paramos de lutar contra nós mesmos e aceitamos que algumas coisas devem mudar e mudar agora. E que depois de cada final, há sempre um novo início.
Ela então é o grande oceano, para onde fluem todos os rios, que mostra que não há fim para nossa busca, pois onde um rio termina, começa toda a vida do oceano e este é, também cheio de rios e correntes. A Deusa nos mostra que tudo é cíclico, se você não conseguir algo hoje, haverá uma nova chance amanhã, uma nova oportunidade, uma nova porta aberta – se você tiver a coragem de se descascar da velha pele e ousar deixar de ser rio para ser mar.
Naelyan Wyvern

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Bruxas


Esse livro me chamou da prateleira da livraria, quem me conhece sabe como sou apaixonada por livros.  Estava procurando por um livro sobre os Celtas, pois ao meu ver não poderia entender sua religiosa e seus rituais, entendo a religiosidade dos cristãos por  necessitar de um "SER BOM" e outro "MAL", para poder acusar de seus erros  causados por nada além de suas próprias escolhas errôneas.  Enfim, fiquei maravilhada com esse livro e se você tiver uma chance, vá a uma livraria e se delicie nesse passeio pela Cultura Celta.

Beijos dos Antigos

Sinopse - Bruxas - Lady Mirian Black

O livro está dividido em sete partes: Parte 1 – aborda o povoamento do continente europeu a partir de 10.000 a.C. até o surgimento dos povos celtas na Europa continental, assim como sua expansão por todo continente até a Ásia Menor e nas ilhas, especialmente Grã-Bretanha e Irlanda, com fundamento na Arqueologia e nos relatos dos autores clássicos gregos e romanos. Parte 2 – o tema central é a religião celta e seu sistema de crenças, organização, sacerdotes e práticas, com fundamento na Arqueologia, autores clássicos e Mitologia Céltica. Parte 3 – parte introdutória à prática da Magia Celta através de conceitos e esclarecimentos sobre o tema. Parte 4 – aborda a prática da Magia Celta na atualidade, começando pelos Rituais Elementares que formam sua base. Parte 5 – contém a tradição de Magia Celta do Clã Black. São rituais mais complexos que exigem certa experiência e conhecimento por parte dos bruxos praticantes da Magia em geral. Possui diversos encantamentos, rituais, feitiços, etc. Parte 6 – nesta penúltima parte, os leitores encontrarão minhas observações e estudos sobre as bruxas e a prática da Magia, desde a Antiguidade até os nossos dias. São alguns temas o Malleus Maleficarum, a história desta obra e as conseqüências devastadoras às quais deu origem; o que a igreja católica usurpou e deturpou da religião celta; bruxas e Jesus, dentre outros. Parte 7 – traz o alfabeto e oráculo dos celtas, o Ogam, também conhecido como “O alfabeto celta das árvores” ou “O oráculo celta das árvores”. Os símbolos ogâmicos podem ser usados pelos bruxos como oráculo, como poderosos talismãs e ainda como escrita encantada. Obra com 28 ilustrações de Carlos Bourdiel. 


Índice do livro "Bruxas"
Introdução, 19
Parte 1 Os povos celtas, 27
Capítulos
1 Origem das primeiras comunidades europeias, 31
2 Surgimento dos povos celtas, 35
3 Os gauleses – celtas da Gália, 40
4 Os Gálatas – celtas da Ásia, 43
5 Os Celtíberos – celtas da Península Ibérica, 45
6 Celtas na Alemanha, República Tcheca e Grécia, 47
7 Os celtas da Grã-Bretanha, 49
8 Os celtas da Escócia, 54
9 Os celtas do País de Gales, 58
10 Os celtas da Irlanda, 59
11 As tribos célticas mais conhecidas, 62
12 As sociedades matrilineares celtas, 66
13 A condição da mulher nas sociedades celtas até a romanização
e a posterior cristianização, 69
14 A condição da mulher nas sociedades celtas após a cristianização, 81
15 As casas das bruxas celtas, 85
16 Aparência física dos celtas, 96
17 Ritos célticos funerários, 101
18 Os monumentos de pedras, 106

Parte 2 Religião celta, 109
Capítulos
19 Religião e magia – conceitos, 112
20 Conceito medieval e moderno de “bruxa”, 113
21 O Outro Mundo, 115
22 Os deuses celtas, 126
23 Domínios célticos do Outro Mundo e sua conexão com a Natureza, 134
24 A antiga arte celta de contar histórias, 141
25 A música e a poesia encantadas do Faery, 145
26 Druidisas, bruxas celtas, seanachies e profetisas – a mulher como oficiante na religião celta, 147
27 Os druidas, 151
28 A história do tuatha dè Danann e seus quatro tesouros mágicos, 160
29 O calendário céltico, 163
30 Maldições célticas, 176
31 Juramentos célticos, 182
Parte 3 Introdução à prática da magia celta, 187
Capítulos
32 O poder dos rituais segundo Jung, 190
33 As iniciações na magia celta, 193
34 A Prece do Coração, 195
35 Nomes encantados, 196
36 Roupas da bruxa para rituais – a roupa encantada, 198
37 O livro encantado, 202
38 Os Espíritos Guardiões da Natureza, 204
39 Instrumentos básicos para a prática da magia celta, 208

Parte 4 Magia celta – rituais elementares, 209
Capítulos
40 Glannad ou purifi cação, 213
41 Ritual de meditação e conexão com as árvores, 217
42 Ritual de magnetização de talismãs/amuletos, 219
43 Os quatro tesouros na magia celta, 225
44 Ritual de consagração dos quatro tesouros, 242
45 Ritual de saudação dos guardiões das estações, 245
46 Os Espaços Sagrados celtas, 249

Parte 5 Magia celta – Draíocht, 267
Capítulos
47 Varinhas encantadas, 271
48 Glannad na Draíocht, 283
49 Ritual de invocação do Guardião Encantado, 284
50 Celebrações do calendário céltico, 288
51 Canção encantada do País das Fadas, 294
52 Encantamento para visitar o País das Fadas, 296
53 Ritual celta de proteção da criança, 299
54 Ritual celta de casamento, 305
55 Ritual celta de preparação para a desencarnação, 315
56 Criando uma barreira druídica de proteção — airbe drùad — para o lar e para seus moradores, 317
57 O Pote da Abundância e Prosperidade, 325
58 Encantamento para obter a dá sheallach ou segunda visão, 326
59 Pós encantados, 328
60 Encantamento para afastar inimigos, 331
61 Poções encantadas, 332
62 Feitiço para anular maldições, 337
63 Juramento das bruxas celtas, 340

Parte 6 As bruxas na história, 341
Capítulos
64 Igreja Católica – a instituição que fala em nome de Deus e Jesus mas usa os métodos do diabo, 344
65 Malleus Malefi carum – a obra que demonizou as mulheres, 347
66 O que a Igreja Católica Apostólica Romana usurpou e distorceu
da Religião Celta, 355
67 Bruxas e Jesus, 363

Parte 7 Ogam – O oráculo céltico das árvores, 365
68 Introdução ao Ogam, 368
69 Signifi cado das letras ogâmicas, 375
70 Métodos de leitura do Ogam, 416

Tabelas para consultas rápidas, 421

Poesia - CANTA E DANÇA MULHER


Lembra mulher de quando teus pés descalços pisavam na terra molhada, depois da tempestade tão esperada...


Recorda quando teus ouvidos sabiam compreender as mensagens que o vento assoprava para o teu espírito...

Inspira fundo e sente o aroma daquela época onde viveste próxima aos frutos e às flores e tudo acontecia em tempo certo, sem apressamentos...

Compreende que teu corpo e tua alma obedeciam à voz da Grande Mãe, e tua vida fluía plena de sabedoria, pois tu representavas a Deusa, o sagrado feminino, e de ti resplandecia toda a generosidade...

Recorda que conhecias bem os mistérios da lua, tua irmã, e te guiavas por instintos e intuições, sonhavas com as respostas e cheia de confiança em teu coração guiava a tua vida e de tantos outros por caminhos seguros...

Tua natureza, sempre disposta a dar vida e dela cuidar, ligada por estreitos laços aos ritmos e ciclos do universo, sabia cantar e dançar, e assim espalhava alegria pelo norte, pelo sul, pelo leste e pelo oeste, sem perder o teu centro...

Rosa dos ventos e dos tempos, hoje estás novamente aqui, mas não te esqueça jamais de continuar a cumprir o teu sagrado papel...

O Universo ainda carece do teu feminino...

Ah! Então canta e dança e o destino dos homens se cumprirá!

Autoria Desconhecida.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Bruxaria - Arte dos Sábios.








O ofício do Sábio é conhecido como "Witchcraft" - uma palavra que assusta algumas autoridades religiosas, especialmente nas religiões dominadas por homens, mas foi e é baseado em antigas formas tradicionais de desenvolvimento de poderes naturais um e ensina que é errado  prejudicar alguém. Ela ensina caminhos espirituais de trabalhar em sintonia com a natureza. Ele inclui as artes do xamã, do curandeiro natural, o herbalist, a parteira.
A Craft ensina-nos a encontrar a nossa Criadora e Criador dentro de nós. Deus e Deusa para mim são dois aspectos da Divindade uma. Ao contrário da maioria das religiões moderna, totalmente homenageia o sexo feminino, bem como o mal.  E usa mito, poesia e histórias para descrever "o que não pode ser dito", ou a Divindade.  Diferentes aspectos da divindade pode ser dado nomes diferentes. Tudo o que é natural, é visto como bom. Apenas as ações prejudiciais aos outros são proibidos.
Na prática, não é institucional. O ofício é aprendido por pessoas que trabalham sozinhos ou em pequenos grupos, chamados de "famílias", "círculos" ou "covens". Ela não precisa de igrejas caros. Em vez de um espaço temporário sagrado pode ser configurado conforme a necessidade do uso de símbolos. Não há clero profissional que regem um bando de leigos. Todos devem aprender a escrever e trabalhar rituais. Todos se tornam sacerdotisas ou sacerdotes.
A Craft provavelmente desenvolvido a partir da antiga tradição em muitas culturas caçador reunir-em honrar certos indivíduos como "sonhadores" ou xamãs por causa de suas habilidades espirituais e muitas vezes também os seus conhecimentos de cura. Foi a partir da espiritualidade de uma natureza primeira centrado e foi especialmente forte no campo.
Antes da ascensão do cristianismo, as bruxas estavam ligadas ao culto de Diana em Itália - onde há uma história contínua de bruxaria ou "strega" até hoje. Na ilha britânica das grandes catedrais góticas medievais foram construídas por pedreiros que gravou o "Homem Verde", uma imagem do Deus do Wildwood, em seus fundamentos. Muitos documentos da igreja do início do período medieval registrado que a bruxaria era uma prática comum entre a população. Foi visto como uma relíquia de antigas práticas pagãs.
"Pagãos" vem de "pagani", uma palavra latina camponeses significado. "Heathen" significa o povo da saúde - onde estavam os túmulos antigos e círculos de pedra. Eram palavras usadas por pessoas da cidade para descrever os povos da terra, do campo e de velhas formas religiosas.
Mas, com o surgimento de uma instituição poderosa Igreja-Estado sob o controle de um sacerdócio exclusivamente masculino, o palco estava montado para a perseguição dos profissionais independentes de antigas formas. Como esses profissionais não estavam sob a autoridade das Igrejas, eles foram vistos como uma ameaça religiosa. Como muitas bruxas eram mulheres, eles também foram vistos como uma ameaça ao patriarcado que dominou as Igrejas ..
Em meados dos anos 1400 o Papa Inocêncio III  encomendou um relatório sobre bruxaria de dois padres dominicanos. O livro resultante, "Malleus Mallificarum", também conhecido como "O Martelo das Bruxas", atacou bruxas para tais crimes como transformar os membros masculinos do sexo masculino à semelhança dos animais e para roubar os homens de sua virilidade. A coisa assustadora é que este livro de fobias homens, apoiados pela autoridade papal e, assim, respeitado por muitos como "a voz de Deus", foi usado na perseguição, tortura e assassinato de muitos milhares de mulheres e de muitos homens por mais de um século. Para ser uma bruxa, (ou da wicce para usar uma palavra antiga) era para ser "ímpio", por definição, e para merecer a morte. As populações de aldeias inteiras foram massacrados sob esta doutrina. A imagem cristã do diabo se tornou o de deus pagão do deserto, Pan. Se bruxas honrado Pan, eles foram, ipso facto, adoradores do diabo. Séculos de perseguição e assassinatos, assim, levou os restos do Artesanato e do metro antiga religião natural.
Alguns dos que estão abraçando a Craft hoje dizem que foram os ensinamentos de Cristo que os levaram a ele - para que eles dizem que encontrar o ofício com sua ênfase no amor, na bondade da natureza, como mais fiéis aos ensinamentos de Cristo do que os Igrejas. Mas as principais influências sobre eles e sobre muitos de meus amigos parece ser simplesmente o de instinto, de amor à natureza e de memórias antigas. Algumas práticas como solitárias, outros em covens. Outros descobriram a Arte, através do reavivamento conhecido como Wicca, que atualmente usa geralmente variantes rituais compostas por homens que estudaram o Artesanato na década de 1950 - como Gardner. A Craft mais espontâneo é ensinado nos livros mais recentes, como "A Espiral de Dança", de Starhawk.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Paganismo x Cristianismo





    As religiões que tinham como base a crença na Grande Deusa reinaram até que as religiões abramicas (Islamismo, Cristianismo, Judaísmo) a suplantassem. Com a expansão do Cristianismo, a religião da Grande Mãe, pagã - que no sentido original da palavra refere-se a religião praticada nos campos; foi sendo destruída.
    Durante a Idade Média , a Igreja Católica passou a considerar os rituais praticados na Antiga Religião como bruxaria, coisa do demônio, na tentativa de impor a crença num único Deus, poderoso, masculino e que punia e castigava aqueles que não obedeciam seus ritos e ensinamentos.
    A Igreja utilizou-se de guerra psicológica, torturas e campanhas militares para alcançar seus objetivos. Criou a Inquisição para perseguir e punir todos aqueles que não professassem a fé católica. O clero utilizando-se do poder adquirido como representante do Deus Uno, exigia do povo tudo o desejava, principalmente bens materiais e sustentava assim um luixo inacessível ao povo que vivia nas cercanias dos feudos e igrejas.
    Muitas das crenças do paganismo foram incorporaradas aos rituais cristãos, fossem pro tentativas de manter vivos os antigos cultos pagãs, sem correr o risco de acabar na fogueira ou fosse pela inteligência dos padres e sacerdotes q busvam manter o rebanho dentro dos templos utilizando padrões e rituais com os quais as populações já estavama acostumadas, e sem contar que muitas igrejas ocupavam áreas que anteriormente eram templos pagãos.
    A Igreja Católica transformou o paganismo em sinônimo de satanismo. Magos, sacerdotes e sacerdotisas das diversas tradições pagãs foram reprimidos no mundo ocidental, fosse pela força da lei ou das perseguições histéricas dos convertidos ao cristianismo.
    Do século XV ao XVII milhares de processos sob a tutela da Inquisição percorreram tribunais eclesiásticos e civis por otda Europa e até no Novo Mundo. Pessoas foram torturadas, executadas em fogueiras, afogadas, tiveram membros arrancados e por qualquer razão, desde um tempero até disputas entre viszinhos levaram pessoas a serem consideradas como discípulos do Diabo. Todo conhecimento que fosse suspeito aos olhos da Igreja era motivo de perseguição.
    O período chamado “Caça às Bruxas”, é considerado hoje como um período negro na história da humanidade. Uma simples suspeita era motivo para a execução. As mulheres eram as maiores vítimas. As antigas parteiras e curadoras, que através de suas tradições sabiam lidar com as ervas e com a natureza eram vistas como seguidoras do diabo e em outras ociasões o sadismo e interesses escusos dos acusadores podiam ter um viés que ultrapassava o zelo religioso contra as sacerdotisas do "diabo”.
    Sem contar que muitas vítimas da Inquisição não eram praticantes do Paganismo, e sim pessoas com problemas mentais e físicos, ou adeptos de outras religiões tradicionais ( mulçumanos, judeus). E grande parte da riqueza atual da Igreja Católica foi construída nesse período, pois todos os bens dos acusados eram confiscados pela Igreja, o que tornou a chamada Santa Inquisição, um grande investimento.

(Texto adaptado do livro A MAGIA E A SABEDORIA DOS POVOS CELTAS, editora Berkana, de Ana Elizabeth Cavalcanti da Costa)

Não sou a detentora da verdade única, mais espero que através dos textos que encontro e raras as vezes eu mesmo escrevo cada um possa extrair a sua própria verdade e poder viver num mundo melhor onde as diferenças sejam respeitadas.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Paganismo



Paganismo (do latim paganus, que significa "camponês", "rústico"[1]) é um termo geral, normalmente usado para se referir a tradições religiosas politeístas.É usado principalmente em um contexto histórico, referindo-se a mitologia greco-romana, bem como as tradições politeístas da Europa e do Norte da África antes da cristianização. Num sentido mais amplo, seu significado estende-se às religiões contemporâneas, que incluem a maioria das religiões orientais e as tradições indígenas das Américas, da Ásia Central, Austrália e África, bem como às religiões étnicas não-abraâmicas em geral. Definições mais estreitas não incluem nenhuma das religiões mundiais e restringem o termo às correntes locais ou rurais que não são organizadas como religiões civis. Uma característica das tradições pagãs é a ausência de proselitismo e a presença de uma mitologia viva, que explica a prática religiosa.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paganismo

Já no dicionário da Línua Portuguesa resume que pagão é todos aqueles que não foram batizados, que não segue o cristianismo.  Quem sou eu para julgar estudiosos que escreveram o dicionário, mas posso contextar em relação a minha vida, pois fui batizada na Igreja Católica Apostólica Romana e se me perguntar que religião sigo, direi que é a bruxaria ou simplesmente o paganismo