A Wicca é uma religião para e de sacerdotes/tisas pagãos, e contém bruxaria reivindicada e redesenhada por Gardner nos meados de 1950/60.
Como toda religião, a Wicca possui uma estrutura definida com um calendário motivado pela roda do ano, sendo Esbás, os ritos realizados nas diversas fases da Lua crescente, cheia, minguante ou nova, de acordo com os trabalhos mágicos a serem realizados; e Sabás, os ritos com datas pré-estabelecidas, cujas marés de energia e ciclos sazonais refletem entre si. Refletem-se entre si nos ciclos anuais, e apóiam os dramas dos Mistérios.
O ritual é tanto um meio de culto quanto um método de comunicação e conexão com as deidades ou espíritos. É uma linguagem simbólica que permite acessar outras dimensões ou estados de consciência. São eles os já conhecidos Sabás e Esbás, além dos ritos reservados a determinados graus, que dependem exclusivamente da presença físico-corpórea de cada membro, a consagração da água e do sal, a admissão dos membros dentro do círculo, a purificação dos membros e do círculo, a invocação dos Deuses e Guardiões, a elevação do Cone de Poder, a consagração dos bolos e do vinho, e finalmente a abertura do círculo, entre as outras práticas esotéricas. Tais rituais quando praticados apropriadamente enaltecem e enriqueci-nos espiritualmente.
A Egrégora é uma corrente compartilhada de energia que é somada e atraída por todos os iniciados. Isso se dá através do culto as nossas divindades – o Deus Cornudo e a Deusa da Lua, ambos cósmicos, e a invocação de seus nomes secretos.
Os Dogmas são cada um dos pontos fundamentais da crença religiosa wiccana, que vivenciados pelo adepto se tornam matérias de fé. São eles: O Deus e a Deusa que são as fontes geradoras e transformadoras de Todas as Coisas. A Wicca é uma religião natural que tenta fornecer um equilíbrio entre o Masculino e o Feminino em seu conceito de Deidade. Na religião Wiccana são cultuados o sexo e a morte. A Deusa no sexo que promove a vida, e o Deus na morte que promove o renascimento pelo amor. Ela na matéria é tudo o que existe e ele no espírito representa tudo o que está oculto/incompreendido pela mente humana.
Os ritos estão divididos entre os solstícios e os equinócios, os quais os primeiros marcam a capacidade da luz sobre as trevas e vice-versa (verão-inverno: dia maior que a noite; inverno-verão: noite maior que o dia), e os equinócios marcam o equilíbrio entre luz e treva permitindo que dia e noite tenham o mesmo tempo de luminosidade e escuridão. A reencarnação é a crença no renascimento de uma alma no plano físico após a morte. “Assim como é em cima, também é embaixo”. Este ensinamento aborda a dimensão física como um reflexo de uma dimensão não-física superior. Tudo o que existe no mundo físico foi antes uma forma de energia numa dimensão superior que acabou por se manifestar no mundo da matéria física. A expressão física dessa forma ou conceito se torna mais densa (em todos os aspectos) à medida que penetra na dimensão física, e ainda assim reflete o conceito básico do princípio superior. “A Criação é da mesma natureza que o Criador”. Eis por que, na teologia Wiccan, a Natureza é vista como o Grande Mestre e por que a Wicca se baseia na reverência à Natureza.
É através de nossa compreensão da Natureza e de suas características que poderemos compreender os métodos dos Criadores que a tudo originaram, pois a natureza dos Criadores é refletida em suas criações. Lei Tríplice é o conceito que os wiccanos crêem que tanto as energias positivas quanto as negativas retornam (em aspecto semelhante) àquele que as originou. Como “lei”, esse ensinamento diz que “tudo o que fizer retornará a você triplicado” (aspecto punitivo). Muitos Wiccan vêem a Lei Tríplice simplesmente como um princípio de “ação e reação” semelhante às Leis da Física, mas ela é tríplice em razão de que, o seu retorno atingirá os três corpos (físico-astral-espiritual). Reza um antigo ensinamento Oriental que o corpo humano contém zonas de energia – os Centros de Poder.
Wiccanos não chamam estes centros pelo nome original Chackras, muito utilizado pelos adeptos da magia religiosa Hindu. Esses pontos podem ser acessados para gerar poder pessoal com a finalidade de magia. O grau de vibração desses centros, bem como a harmonia entre eles, cria um campo de energia ao redor do corpo humano conhecido como aura. A aura é a representação energética de quem e o que somos. Quando conhecemos alguém e imediatamente sentimos empatia ou antipatia, estamos respondendo à energia da aura. O poder é gerado em nós e também vêm dos deuses, elementos e espíritos. Todos os neófitos, a partir da iniciação cuja fonte de transmissão de poder é somente horizontal, tornam-se sacerdotes wiccanos, o que os possibilita exercer as funções sagradas, de acordo com as elevações de grau recebidas.
Além de se tornarem responsáveis pela instrução dos novos membros. O Sacerdote/Sacerdotisa têm acesso pessoal, direto e irrestrito aos nossos Deuses. Esta função traz a imprescindível exigência da vocação, que pode se traduzir em servidão, doação e confiança. A Wicca contém 3 graus iniciáticos, sendo o primeiro grau a iniciação e os outros dois são elevações de grau. O trabalho todo é feito em Coven de até 13 membros e é absolutamente regido pelo Livro das Sombras.
Por Cléber Lupino Haddad
http://www.congrega-lupino.net/2011/07/diferencas-entre-as-tres-artes.html
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